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ao cimo da política Europeia

 

GOVERNO DOS AÇORES LEVA
A REGIÃO AO CIMO DA POLITICA EUROPEIA

 

“Durão Barroso manifesta a Carlos César o desejo de ver os Açores liderarem as Regiões Ultraperiféricas”.

Carlos Cesar com o Presidente da Comissão Europeia

Esta afirmação é notável, mesmo se a quisermos enquadrar como uma declaração proferida dentro da cortesia que releva em momentos como estes: “O presidente da Comissão Europeia e o presidente do Governo dos Açores encontraram-se esta manhã, em Bruxelas, no que constituiu o arranque do programa de lançamento dos Açores como Região Europeia do Ano de 201.”

Se os Açores nem sempre são falados pela positiva nos grandes centros de decisão, não porque seja timbre das nossas gentes andarem por aí a provocar desordens ou desacatos, não, mas porque infelizmente, vezes de sobra, somos lembrados por sismos ou catástrofes naturais que afligem as nossas populações por essas ilhas fora, ou porque por aqui aconteceram cimeiras internacionais que não nos deixaram saudades, nem trouxeram quaisquer condições de paz estável, às regiões do médio oriente visadas… devemos sim ser lembrados, conhecidos e visitados pelas excelentes qualidades ambientais a par da sociabilidade nata das nossas gentes.

Paisagem soberba, tradição baleeira e convívio ameno...

Ora o lançamento em Bruxelas da “Região Europeia do Ano” insere-se no objectivo geral do Governo Regional de aproveitar este importante galardão para promover externamente as nossas ilhas, visando o debate e divulgação, em particular em Bruxelas, no centro de decisão europeia, da nossa realidade, processo de desenvolvimento sustentável e potencial turístico e ambiental inquestionável da nossa Região e esta iniciativa teve ainda em conta o contexto da entrada em vigor do Tratado de Lisboa, do novo Colégio de Comissários e do recém-eleito Parlamento Europeu, com reforçados poderes legislativos, proporcionando assim um maior conhecimento acerca destas nossas ilhas, junto das instituições e dos poderosos decisores políticos europeus.

Mas, se gostosamente nos congratulamos, por esta acção objectiva e de incomensurável alcance, por parte do governo dos Açores que por estar fazendo bem, está tão somente, cumprindo o seu dever, não deveremos olvidar que, na semana transacta, a imprensa local dava nota de algum desconforto sentido, por quem visitou a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), sobre a forma como a nossa ilha, julgo que a nível de empresários e de municípios, se terá “apresentado” naquela montra por excelência, potenciadora de muitos negócios a consolidar nos próximos meses, nas várias vertentes do turismo nacional e regional.

Nunca será demais apostar na convergência de esforços, na concentração e rentabilidade de recursos publicitários e na destrinça saudável da parte em relação ao todo… Sempre assim o afirmámos, mesmo que não se queira entender que o pequeno tem tantas ou mais possibilidades de cativar o turista exigente, do que o grande porque este se confunde com uma cada vez mais rejeitada igualização raiando a superficialidade…

O Pico, toda a ilha, tem potencialidades que muitos empresários locais já vão aproveitando bem e divulgando ainda melhor (os exemplos são felizmente muitos), sem caírem nessas teias associativas que, segundo as noticias divulgadas, cada vez mais aproveitam aos “interesses instalados”… mas é sempre tempo de retroceder e encontrar caminhos mais seguros e consentâneos com a nossa idiossincrasia.

 

 

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